# A2MInforma: Um estudo do Instituto Trata Brasil em parceria com o Centro de Pesquisa de Águas Subterrâneas da Universidade de São Paulo (USP) aponta a existência de 2,5 milhões de poços artesianos clandestinos no Brasil. O estudo destaca a importância da extração das águas subterrâneas no país e as consequências da falta de regularização e de acompanhamento desses poços. Para se ter uma ideia, o total de água extraída dos poços chega a 17.580 Mm³/ano, valor suficiente para abastecer toda a população brasileira durante um ano. 😱
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As consequências da clandestinidade são inúmeras: superexploração dos aquíferos, que acontece por conta do acúmulo exagerado de poços em um mesmo local; contaminação das águas subterrâneas, por não seguir normas de vigilância sanitária que incluem, por exemplo, a realização de análises clínicas regulares; recebimento de dejetos, isso porque, quando uma cidade ou parte dela não tem rede de esgoto, uma parte é jogada nos rios, mas a grande maioria acaba indo para fossas sépticas e fossas negras, atingindo a água subterrânea.
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Mesmo com todos os problemas causados pela clandestinidade, o estudo não deixa de destacar o potencial de captação hídrica das águas subterrâneas de forma regularizada. Há uma oportunidade de utilização das estruturas já existentes, mesmo que hoje a maioria delas estejam irregulares. Diante disso, o estudo aponta algumas recomendações para contornar a clandestinidade e regularizar o setor:
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– Ampliar a comunicação à sociedade e aos governos sobre o real papel social, ambiental e econômico das águas subterrâneas;
– Fortalecer os órgãos de controle e gestão dos recursos hídricos, bem como ampliar a fiscalização sobre os poços irregulares;
– Ampliar a cobertura de coleta e tratamento de esgotos;
– Criar programas permanentes de proteção das águas subterrâneas;